As visitas,que provavelmente não são de meninos

sábado, 3 de março de 2012

Eu não tive culpa - Parte 6


Eu estava com Vinte e três anos quando comecei a faculdade de engenharia. Arthur estava com vinte e cinco anos, e no terceiro ano da faculdade de direito. Já tínhamos terminado de arrumar toda a nossa casa.Quem olhava por fora,poderia achar que não tínhamos problemas financeiros.Mas isso não era verdade.A única parte da casa que estava completa com móveis era a sala.O resto,só tinha os velhos móveis doados pelo orfanato. A minha vida tinha mudado cem por cento. E eu estava feliz como estava. Nós nos casamos no cartório quando eu tinha vinte anos ( e ele vinte e dois ).Não fizemos festa,primeiro porque não tínhamos condições,e segundo que não tínhamos nem família.Não seis e falei,mas os pais do Arthur,morreram quando ele tinha nove anos,em um acidente de carro.A única vó que sobrevivia ainda,pegou ele para criar,mas morreu logo.Nenhum parente quis criá-lo,dizendo que com todo mundo com quem ele ficava,morria.Ele foi para o orfanato com onze anos.

Depois que o Arthur passou na faculdade,começou a atuar como um advogado.Isso ajudou muito nas condições financeiras.Mobiliamos toda a casa, e os móveis velhos,nós doamos.Ninguém acreditaria se eu contasse que sai de um orfanato somente com dois mil reais que foi a “herança” dos meus pais.Neste período de tempo,a partir quando sai do orfanato,eu já tinha visto muitos dos alunos que me agrediam psicologicamente.Mas não fiz nada mais que cumprimentar.Eu estava bem,aparência nova,bonita,sem loucuras de cortes,’assassinatos’...
Eu terminei minha faculdade.E em seguida,comecei a trabalhar,em uma empresa grande no país.Engravidei com vinte e oito anos.Tive gêmeas.Lindas.Queria dar uma vida bem diferente da que eu tive á elas.Os nomes delas eram; Laura e Larissa.Eram gêmeas idênticas.Quando elas tinham três anos,eu engravidei de novo.Um menino.Leonardo.

Minhas meninas cresceram saudáveis e bonitas.Mas...não foi tudo tão perfeito.No aniversário de oito anos delas,a Laura não gostou porque recebeu menos atenção.pelo menos ela achou que tinha recebido menos.E se trancou no banheiro.Dizendo que queria morrer.Fiquei chorando no meu quarto.Não forcei ela a abrir.Eu sabia que ela não ia.E eu lembrava de mim,e de como não gostava de quando ficavam tentando em acalmar.O Leo,tinha apenas cinco anos,e ficou desesperado.Ele chorou muito.mas quem sofreu mais foi a a Larissa.Elas eram muito unidas.E foi a Larissa quem convenceu a Laura a sair de lá.E parar de besteira.Elas se trancaram no quartinho delas,e ficaram conversando. Depois de umas duas horas lá dentro, a Laura veio nos abraçar e pedir desculpas. Foi um momento lindo. Eu nunca tinha pedido desculpas aos meus pais... Bom, a minha mãe, por tudo o que eu fazia. A Larissa, acho que puxou ao pai. Ela era calma, esforçada e preocupada com a irmã. Se ela visse que a Laura ia tirar nota baixa na escola,ela fazia metade da prova errada,para não ficar com uma nota tão mais alta que ela.Isso causava muita frustração na Laura.Ela só veio a ter outra crise,com doze anos.Foi então que ela cortou a perna,em forma de um X.  A Larissa chorou muito pela irmã.Eu nunca soube o motivo desse ataque dela.Mas eu sempre conversava com a ela respeito disso.
Quando eu já tinha quarenta anos,fui no orfanato que  eu tinha morado,e adotei um garoto de 16 anos.Por sorte,ele era um amor de pessoa.Tinha a idade das meninas.Elas simpatizaram com ele.Mas o Leo não.O Léo tinha treze anos na época,e morria de ciúmes das irmãs.Ele achava que o garoto não ia ser só irmão delas.Ah,o menino se chamava Gabriel.

2 comentários:

  1. Tinha que ser Gabriel ¬¬'
    E o problema que ela tinha coom as pernas? Oo
    Sera que a filha dela vai ficar igual a ela? oo

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  2. Nãão...Acontece que não foide nascença né.Então talvez não fique.

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